"Se eu tentasse descrever minha família, e é isso exatamente o que vou fazer, seria possível dizer que Anni bebia para esquecer. Eu bebia para ser feliz. Papai bebia só para conseguir seguir adiante. Vovó, para dormir melhor à noite. Tia Selma, para ser ainda mais cruel do que já era. Rikard, meu avô, afirmava que não bebia absolutamente nada, muito embora se diga que ele fez fortuna nos Estados Unidos com a venda de bebidas alcoólicas - mas isso foi há muito tempo.
Julie era a única da família que bebia - como é que diz? - com moderação e sensatez. Infelizmente! Isso não lhe fiz nenhum bem. Ela não esquecia, não era feliz, não conseguia dormir e nunca foi cruel. Também não ficou rica."
Antes de Você Dormir
Linn Ullmann
26 de junho de 2011
25 de junho de 2011
24 de junho de 2011
20 de junho de 2011
Pensamentos Interditos
Garrafas vazias de felicidade espalhadas pelo chão, sábado à noite e nada me apetece na TV. Não consigo dormir... Estou no parapeito olhando a vista de cima-do décimo quarto andar. O vinho evapora devagar pelos meus poros, o vento forte ameaça meu cigarro, assanha meu cabelo. Já passam das três mais ainda há tantas luzes acesas pela cidade... Me pergunto o que faz toda essa gente acordada, então fico olhando pra todas elas sem enxergar nenhuma, pensando na tua mania de caluniar minhas verdades com discurso vagabundo e um quê de rebeldia barata, mas de vagabunda já me basto crua e sem juízo. Me sirvo de mais um whisky pra espantar os fantasmas.
Fantasmas não -Demônios, que paralisam os ponteiros sempre que você sai. Engraçado o modo como a gente briga e se entende pelo mesmo motivo; parece gozado mais é assim. Pensando bem, porque diabos fazemos sempre as pazes? Amor, vaidade? Não sei ao certo, mais é claro que o incerto agora grita aos meus ouvidos de uma forma absurda pra sair e bater a porta com força... Só por ciúmes dessa noite que te têm mais que eu mesma... Bobagem minha, talento teu. Então ascendo mais um daqueles mentolados pra acompanhar meus lençois embriagados, não de presença, mais de saudade.
19 de junho de 2011
Estou olhando as fotos que tiramos naquele carnaval... Revendo nossos tantos risos criados, bobos e colados nas imagens, instalando a saudade que agora nasce no sorriso um tanto vazio que possuo. Sinto falta daqueles dias de festa e vaidade, de cantoria embaixo de chuva.
Hoje aquelas noites não passam de lembranças já que cada um de nós seguiu seu próprio bloco, e tudo segue...
17 de junho de 2011
16 de junho de 2011
Ainda é cedo, mais o cinza gritante do céu não me faz exigências, não tenho pressa em levantar, posso ficar aqui amontoada em mim olhando da janela um pouco mais, com os olhos embaçados flutuando em pensamentos gota a gota com a chuva mansa, mal posso ouvi-la tocar o chão. O telefone toca, mas não me importo, só vou ficar aqui, e nada mais.
9 de junho de 2011
Apenas fatos.
Tocava-me.
Nos olhos tal textura devorava minha ânsia,
Por minutos chegou a me neutralizar. Inconsciente.
Titubeei no ar, não havia valor ou necessidade. sem chão.
Meu desejo dançava intemporal demais, no passo dos
seus goles de vinho barato, daqueles comprados em
loja de conveniência.
Te amei como não se ama. Sem amar. E agora?
Meu relógio está molhado de um suor que não é meu...
Mas estou partindo, porque nem tudo que se tem
paixão, tem sentimentos...
7 de junho de 2011
É O Que Me Interessa - Lenine
"Me traz o seu sossego
Atraza o meu relógio
Acalma minha pressa
Me dá sua palavra
Sussurra em meu ouvido
Só o que me interessa"
Atraza o meu relógio
Acalma minha pressa
Me dá sua palavra
Sussurra em meu ouvido
Só o que me interessa"
6 de junho de 2011
Desconfiança
Entre as paredes vazias da nossa sala, lembro claramente daquela noite ordinária, onde a ausência me batia a face em devaneios. Não consigo dormir. Pensamentos cirandam minha mente madrugada adentro e esse nó na garganta parece acompanhar de perto a mão tremula e fria, nervos a flor da pele. Estou confrontando a liberdade, mas ela não parece se abalar - discreta.
Já não há ruídos, todos dormem no prédio (imagino), no silêncio me deixo usar pelas palavras gritadas pra ninguém enquanto as lágrimas se fazem linhas... onde estão? elas? as lágrimas? Evaporaram rápido demais talvez, agora meus pecados cantam desistência. As cores aqui estão vazias, de hora, de tempo, de espírito.
Estou me traindo sendo fiel ao paradigma barato que criei, e chamei de "confiança". Não tenho respostas pras minhas perguntas, nem perguntas pro que sei responder. Te vejo chegar, chaves na mão, meu corpo se aquieta aos poucos ouvindo nossas babaquices planejadas, memórias de um futuro bom. Ponho à prova meus pés num palco que fia o encontro raso do olhar, adiando a mágoa. Só pro meu prazer.
3 de junho de 2011
Menino Arthur
Na tentativa de apoiar o amigo Arthur de 17 anos, recentemente diagnosticado com um câncer raro, a turma de amigos do terceiro ano do ensino médio de uma escola em MG, resolveu raspar a cabeça.
Em uma barbearia fechada para o evento, as meninas filmavam enquanto os meninos tinham seus cabelos raspados. A idéia, partiu de Lucas Avelino, amigo de infância de Arthur.
A surpresa aconteceu nesta segunda-feira, quando ele voltou da primeira sessão de quimioterapia, em Belo Horizonte. "Eu fiquei sem palavras, fiquei sem ação, só consegui sorrir. Eu fiquei muito feliz, e me senti muito acolhido", diz ele.
A Homenagem, não se limitou apenas aos amigos de sala, alguns professores, e até mesmo o diretor acatou a idéia, que contribui diretamente para um melhor resultado, no tratamento dele.
Fiquei imensamente feliz quando vi essa matéria no jornal da globo.
É uma homenagem, misturada a carinho e solidariedade, o tipo que jamais se esquece na vida.
O tipo, que só grandes amigos sabem - podem fazer. PARABÉNS a esta turma, pela iniciativa.
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